Após passar por uma atribulada separação no ano passado, Glamour Garcia está sorrindo outra vez. Além de ver seu inquérito contra o ex-namorado ser agilizado e ter conseguido uma medida protetiva contra ele baseada na Lei Maria da Penha, que assiste a todas as mulheres, inclusive trans, no que se constitui violência doméstica, a atriz tem um novo relacionamento.
Glamour, que fez sucesso como a Britney de “A dona do pedaço”, está namorando um policial militar do interior de São Paulo. “É um recomeço. Ele é uma pessoa que está me fazendo muito bem”, conta ela, sem querer revelar a identidade do rapaz.
Como tem sido essa fase de quarentena para você?
Estou passando a quarentena com minha família em Marília, no interior de São Paulo. No começo, dei uma piradinha porque vinha de um momento agitado, ainda impactada com as premiações após a novela. Não passava mais tanto tempo convivendo diariamentente com minha família, mas agora estou mais acostumada com a vida doméstica. Também tenho uma melhor amiga por perto. Estamos gravando alguns vídeos, fazendo umas produções.
Já sabe o que fará após a pandemia? Está com trabalhos engatilhados?
Para ser muito honesta, estou fazendo alguns testes para papéis em teatro, cinema e televisão. Agora estou focada num projeto pessoal com uma amiga chamada Leonarda Glück, estamos estudando um texto da Hilda Hilst. Os testes que fiz ainda não tive retorno. Mas espero que, ainda nesta pandemia, esse projeto pessoal possa começar nas plataformas digitais e depois expandir para o presencial assim que for possível. É uma adaptação do “O caderno rosa de Lory Lamby”, da Hilda.
Você foi vítima de violência doméstica em 2019. Como esse assunto é encarado hoje por você?
Bom, foi um episódio miito triste. Ocorreu durante as gravações de “A dona do pedaço” e apesar de ter vivido o momento mais ilustre da minha vida, também foi o meu maior pesadelo. Vivia praticamente em cárcere privado. Fui espancada, agredida. Infelizente até sendo mutilada em alguns momentos… Acabei numa situação de vítima. Ele tentou me matar algumas vezes. Só hoje consigo ver isso. O medo me cegou e me calou muitas vezes. O Ministério Público, através de um inquérito muito completo, faz uma investigaçao que, graças a Deus, está correndo bem. A investigação acontece na Delegacia da Mulher. Tenho fé que tudo termine com o parecer da Justiça de que a impunidade não pode acontecer assim. É muito triste. Sei que não sou a única que passa por isao no país. Precisamos sair desse lugar de impunidade e de medo. O primeiro passo é se desvencilhar do agressor. Então, fica aqui o meu conselho. A nossa situação de humilhação é tão grande que a gente não encontra forças para começar.
Agora você tem um novo relacionamento. Como está sendo?
Olha, estou muito feliz. É um recomeço. Ele está me fazendo muito bem. Acho que é um relacionamento como eu nunca tive antes. Uma.pesaoa que me apoia, me admira pelas minhas conquistas, que me dá força. Acho que minha insegurança, até mesmo por ser trans, me fazia confundir ciúme e obsessão com admiração. Estamos juntos há um mês. Acho ainda muito cedo para revelar quem é ele, que não é uma pessoa pública, um artista. Tem uma profissão um pouquinho diferente da minha e ainda está meio assustado. Então, prefiro não revelar ainda quem ele é. Com o tempo isso vai acontecer naturalmente, todo mundo vai ficar sabendo. Mas estou amando muito e sendo amada, com reciprocidade. Voltei a ser feliz.
Fonte: Site Extra