O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (16) com representantes da saúde para tratar sobre a elaboração de um fluxo de desospitalização de crianças e adolescentes pacientes de longa permanência no Piauí.
O promotor de Justiça Eny Pontes conduziu a reunião e destacou a importância de realizar diagnóstico de todas as crianças e adolescentes em internação de longa permanência no estado, e, especificamente, aqueles com Atrofia Muscular Espinhal (AME). “O diagnóstico é nosso ponto de partida para que possamos solicitar ações que beneficiem esses pacientes”, disse o promotor.
Também foi aberto o espaço para que os presentes pudessem dividir dificuldades e experiências, como a prestação da atenção domiciliar e equipes multidisciplinares capacitadas para dar suporte a esses pacientes, de forma a contribuir com a formação do fluxo.
Uma sugestão feita pela a diretora Técnica do Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), Leiva de Souza Moura, foi a padronização de documentos sobre cuidados multidisciplinares para transferência de plano terapêutico entre instituições de saúde, de forma a otimizar a comunicação entre elas.
Outro ponto relevante foi apontado pelo representante do MPPI. Para ele, é essencial que os profissionais recebam treinamento. “Um bom exemplo é o que Conselho de Profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado do Piauí (CREFITO14) está fazendo. Nos dias 1º e 2 de dezembro, realizará o curso de Fisioterapia Respiratória e Motora na Atrofia Muscular Espinhal (AME) de forma gratuita para os profissionais da área. É necessário mobilizar os demais conselhos para iniciativas semelhantes”, frisou Eny Pontes.
O promotor ainda explicou que a capacitação das equipes multiprofissionais afeta diretamente o tempo de internação desses pacientes, uma vez que proporcionam atendimento mais adequado às necessidades e possibilita uma redução do tempo de internação.
Ao final da reunião, ficou estabelecida a apresentação do diagnóstico de quantidade de crianças e adolescentes em internação de longa permanência no estado, além do diagnóstico específico de pacientes com AME, e a viabilidade de treinamento de profissionais da saúde para tratar e assistir pacientes de internação de longa duração. As informações devem ser prestadas em 15 dias.
Além do representante do MPPI e da diretora Técnica do HILP, participaram da reunião o coordenador da Rede de Urgências e Emergências da Sesapi, Telmo Mesquita; a gerente do Núcleo de Saúde da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Margareth de Sousa Pimentel Lopes; a assistente social do HILP, Nayara Leite; a assistente social do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Josélia Macêdo; a gerente de Serviço Social do HUT, Osfrany Gonçalves Rodrigues Martins; a gerente Executiva da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Aranucha de Brito Lima Oliveira; o assessor Jurídico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), José Carlos Martins de Campos; a gerente de Atenção Primária da Sesapi, Bhássia Barroso; e a assistente Social Atenção Básica do Estado, Márcia Alcioneide da Silva.”