Bebê é internada com sinais de espancamento; pai e madrasta suspeitos

Uma bebê de apenas um ano foi internada no Hospital Irmã Dulce, localizado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após apresentar diversos ferimentos e hematomas pelo corpo. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município pela sua madrasta, quando começou a se sentir mal em casa. A entrada da criança na unidade ocorreu na noite de domingo passado, dia 28.

A madrasta prestou depoimento na Central de Polícia Judiciária (CPJ) do município. Ela afirmou que os hematomas surgiram devido a uma queda da bebê no chão, já que ela ainda não consegue se manter em pé com firmeza. A mulher foi liberada em seguida. O pai e a mãe não foram encontrados. A Polícia Civil já solicitou uma medida protetiva que determina que o pai da criança e sua madrasta mantenham distância da vítima, que está sob os cuidados de uma tia.

Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, o delegado Edson Bianchi Júnior, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município responsável pela investigação do caso, explicou que a medida protetiva não apenas estabelece que o pai e a madrasta devem manter distância da vítima, mas também proíbe qualquer forma de comunicação entre eles e a tia da criança.

O delegado ainda mencionou que o Conselho Tutelar deverá encaminhar o caso ao Ministério Público para que sejam aplicadas medidas de proteção no âmbito civil, a fim de decidir sobre a guarda da criança. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou, por meio de nota, que a Polícia Civil está investigando o caso como ocorrência de maus-tratos.

 Conforme relatado, uma funcionária do Conselho Tutelar compareceu à CPJ e informou que foi acionada na UPA Quietude devido à entrada de uma criança de um ano com múltiplos ferimentos e hematomas. Segundo o delegado, o Conselho Tutelar informou à polícia que recebeu denúncias anteriores de maus-tratos à criança no início do ano. Entretanto, naquela ocasião, os exames médicos não constataram lesões, o que levou o caso a não ser encaminhado à delegacia.