Ex-delegado da Polícia Civil é preso por homicídio ocorrido em 2003

O ex-delegado da Polícia Civil do Piauí, Wendell Reis, foi preso na manhã desta terça-feira (06) durante cumprimento de mandado de prisão pelo homicídio de Ricardo Seabra Pereira, que ocorreu no ano de 2003. A prisão foi executada pela Gerência Metropolitana e ocorreu quando Wendell Reis estava saindo de casa, no bairro Morros, zona Leste de Teresina.

O mandado de prisão constava nos autos do processo criminal da 1° Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina. Segundo a Polícia Civil,  Wendell está desligado há vários anos dos quadros funcionais da polícia. Após a apresentação de Wendell Reis à delegacia, ele será transferido para a Central de Flagrantes de Teresina, onde ficará à disposição das autoridades judiciais.

Em entrevista para o repórter Kilson Dione, da Rede Meio Norte, o delegado Marcelo Leal explicou que a prisão foi solicitada pelo juiz Antonio Noleto, responsável pelo caso. A defesa do ex-delegado ainda não apresentou recursos contra a decisão da autoridade judiciária. 

"É uma prisão definitiva e ainda não há recurso para ser impetrado. Já estávamos monitorando as ações desse indivíduo já condenado. Ele já imaginava que seria preso, e foi uma prisão tranquila, sem qualquer tipo de reação. Ele já imaginava que seria preso e ação ocorreu foi de forma rápida para constranger o mínimo possível as pessoas que estavam passando pelo local", contou.

No ano de 2009 o ex-delegado foi condenado pelo tribunal popular do júri a 12 anos de prisão pela autoria do assassinato do vendedor ambulante Ricardo Seabra Pereira. O crime ocorreu no ano de 2003 em um trailer localizado no bairro Três Andares, na Zona Sul de Teresina. Na ocasião, Wendell Reis se apresentou espontaneamente poucos dias após o crime e alegou que o assassinato foi acidental. 

O conselho de sentença, composto por sete jurados, considerou Wendell culpado por unanimidade. O juiz Antonio Noleto afirmou na época que o homicídio foi praticado por motivo fútil.

Além da pena de 12 anos de prisão, o ex-delegado também foi multado com mais cinco salários mínimos por outros crimes relacionados ao caso, além de arcar com os custos do processo.