De acordo com informações da Polícia Civil de Recife, três mulheres abriram boletim de ocorrência contra o mesmo homem. As mulheres, que não tiveram as identidades reveladas, relataram que haviam sido estupradas durante uma falsa entrevista de emprego, em uma sala no Aeroporto Internacional do Recife, localizado na Zona Sul da capital.

Segundo a Aena Brasil, empresa que admininstra o aeroporto, foi descoberto que o homem acusado é um funcionário de uma empresa terceirizada que atua prestando serviços ao terminal aeroviário. A polícia contou que o crime ocorreu no dia 29 de junho. O boletim de ocorrência teria sido registrado na Delegacia de Boa Viagem, também localizado na Zona Sul da cidade, no dia seguinte ao ocorrido, dia 30. Duas das vítimas possuem 23 anos e a outra, 37 anos.

Durante depoimentos realizados para prestar o boletim de ocorrência, as três mulheres contaram à polícia que, receberam a proposta de emprego, e ao chegarem na sala dentro do aeroporto, para realizarem a entrevista para a vaga, foram recebidas por um homem que não teve o nome e idade informados. Segundo as vítimas, o homem teria trancado a porta do local e dito que iria fazer uma revista nas candidatas, onde tocou nas partes íntimas delas.

Durante entrevista à TV Globo, uma das vítimas explicou que a vaga de emprego falsa que foi supostamente oferecida, seria para atuar como segurança na área de check-in do Aeroporto Internacional do Recife. Ela relatou também que o homem estava armado com um revólver no tênis e portava um canivete nas mãos. O amigo de uma das vítimas de estupro deu entrevista ao portal G1, e contou o que a amiga teria lhe relatado. A vítima contou ao colega que durante o estupro, o suspeito assustava as mulheres dizendo que sabia onde as mesmas moravam, e ameaçava-lhes de morte todo o tempo, afirmando que mataria as vítimas caso elas denunciassem o ocorrido.

Sobre o caso, a Polícia Civil publicou em nota que "As investigações foram iniciadas de imediato e seguem até o total esclarecimento do caso". As autoridades afirmaram também que o homem foi conduzido à delegacia, mas que não foi preso em flagrante, sendo liberado logo em seguida. "Mais informações não podem ser repassadas para não atrapalhar o curso das diligências", concluem.

Em uma nota de resposta, enviada ao portal G1, a empresa que administra o aeroporto onde o caso ocorreu, afirmou que no dia em que o boletim de ocorrência foi registrado, eles tomaram conhecimento do caso e que repudiavam qualquer “gesto de violência ou assédio”. "Foi relatado que os fatos aconteceram durante um suposto processo de recrutamento de agentes de segurança, executado por funcionário da empresa, no escritório administrativo da GPS, localizado num terminal de cargas do aeroporto", conclui em nota.