Chefe do Progressistas, um dos maiores partidos do Centrão, Ciro Nogueira declarou que não vai ser um dos aliados de Lula em 2023 e muito menos irá à posse do petista. O ministro da Casa Civil informou que planeja ser um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro à presidência em 2026.
Ao ser questionado pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, sobre o histórico de apoio do PP, que já compôs com Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro, Ciro informou que dessa vez será diferente.
“Vou ficar os quatro anos na oposição e quero ser um dos coordenadores da volta de Bolsonaro à Presidência. O PP vai apoiá-lo em 2026”, declarou o ministro.
Ciro Nogueira, porém, não proibiu deputados do PP de apoiarem Lula. Contabiliza que, dos 47 eleitos, 15 manifestam interesse em integrar a futura base do Planalto. “Se eles quiserem, podem se aliar ao governo, mas não usando o nome do partido”, pontua.
Na prática, filiados do PP estão liberados para assumir cargos no governo Lula se receberem convite, mas o afastamento institucional dificulta essa possibilidade, uma vez que não amarraria o apoio da legenda.
Escalado pelo Planalto para liderar a transição, Ciro Nogueira é categórico quando indagado sobre se prestigiará a posse de Lula em janeiro: “Não”.