Lula retorna ao Brasil após extensa agenda no Japão, onde participou do G7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Brasil depois de uma viagem ao Japão, onde participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7. O G7 é composto pelos sete países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A comitiva presidencial desembarcou em Brasília por volta da 1h. Lula não possui compromissos oficiais e planeja passar o dia em sua residência no Palácio da Alvorada.

Durante sua visita a Hiroshima, no país asiático, entre os dias 19 e 21, Lula realizou reuniões com 11 chefes de governo e líderes de organizações, abordando assuntos bilaterais e questões da agenda internacional. Além das temáticas cruciais de meio ambiente e segurança alimentar, que receberam destaque durante a cúpula, um tema dominante nas discussões foi o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Durante a cúpula do G7, realizada em Hiroshima, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, esteve presente e participou de uma das sessões de debatescom o tema "Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero". Infelizmente, devido a dificuldades na conciliação de suas agendas, não foi possível realizar uma reunião bilateral entre Lula e Zelensky.

Lula reafirmou sua posição condenando a invasão territorial da Rússia na Ucrânia, mantendo-se firme em relação ao conflito. O ex-presidente brasileiro tem buscado estabelecer um grupo de países para negociar o fim do conflito, porém ele destacou que, atualmente, não há interesse das partes envolvidas em buscar a paz.

Conforme destacado por Lula, a fim de viabilizar negociações, ambas as partes envolvidas no conflito terão que estar dispostas a fazer concessões. Durante uma coletiva de imprensa em Hiroshima, antes de retornar ao Brasil, Lula mencionou a visita de Celso Amorim, assessor internacional da Presidência, à Rússia e à Ucrânia. Segundo Amorim, por enquanto, ambas as partes não estão abertas a discutir um acordo de paz. Cada lado apresenta propostas que parecem demandar a rendição da outra parte, o que torna a negociação difícil. No entanto, Lula enfatizou que a negociação não é sobre rendição, e acredita que chegará o momento em que as partes envolvidas buscarão uma solução negociada.