O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou recentemente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu seu aval ao pacote de estímulo à produção de carros populares. Haddad apresentou a versão final do programa ao Palácio do Planalto, e agora ele será analisado pela Casa Civil.
Embora a data de lançamento não tenha sido divulgada, Haddad explicou que isso dependerá da agenda do presidente Lula e da resolução de questões burocráticas, como pareceres da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. No entanto, ele espera que a Casa Civil conclua a análise da medida provisória até a próxima segunda-feira (5).
Haddad mencionou que o programa terá uma duração de aproximadamente quatro meses e ressaltou que a redução temporária de impostos não terá impacto nos cofres públicos, uma vez que a fonte de financiamento já está definida. Ele destacou que houve um entendimento favorável tanto para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) quanto para a Fazenda, e que ambos os ministérios foram bem contemplados.
O ministro explicou que o pacote vigorará até que as taxas de juros comecem a diminuir no Brasil. Essa medida visa evitar demissões, especialmente com a preocupação em relação aos empregos na indústria automobilística e em toda a cadeia produtiva. Haddad enfatizou que se trata de uma solução temporária, com um valor e tempo definidos.
Haddad afirmou que Lula validou a fonte de recursos para financiar o programa. Segundo ele, o impacto final da renúncia de impostos será menor do que os R$ 2 bilhões inicialmente anunciados e será completamente compensado. Ele declarou: "O impacto não apenas não chega a R$ 2 bilhões, mas também está mais do que compensado pelas medidas que levei ao presidente da República".