Durante esta semana, surgiram desenvolvimentos significativos na investigação relacionada aos presentes oferecidos pela Arábia Saudita ao governo Bolsonaro. Esses avanços incluíram a apreensão de dispositivos celulares, a autorização para a quebra de sigilos bancários e a perspectiva de um depoimento por parte de um dos indivíduos implicados, o que poderá contribuir para esclarecer ainda mais o cenário.
A Polícia Federal quer saber quem mandou vender as joias nos Estados Unidos e quem recebeu o dinheiro, e uma fonte da PF confirmou ao Fantástico que foram encontradas no celular de Mauro Cid mensagens do tenente-coronel com Bolsonaro que indicam que o ex-presidente sabia das tentativas de Cid de vender e depois resgatar as joias.
O programa Fantástico realizou uma cobertura da atividade dos especialistas encarregados da avaliação das joias, visando determinar o valor individual de cada item e verificar sua autenticidade. Essa análise está ocorrendo nas instalações do Instituto Nacional de Criminalística, situado no complexo da Polícia Federal em Brasília. Para conduzir a perícia, foram mobilizados pelo menos quatro laboratórios distintos.
A primeira análise foi feita na caixa de joias femininas, apreendida no Aeroporto de Guarulhos, na bagagem de um integrante da equipe do Ministério de Minas e Energia, na volta de uma viagem à Arábia Saudita. Ele trazia também a escultura de um cavalo feito de liga metálica e folhada a ouro. Já o conjunto de joias femininas, que deu origem à investigação e que seriam destinadas à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, é de diamante em tudo que brilha.