Deputados da base do governo Lula aproveitaram a repercussão da Operação Lucas 12:2 para ressuscitar a ideia de uma CPI para investigar o esquema de venda ilegal de presentes e joias recebidos por Jair Bolsonaro na Presidência.
O recolhimento de assinaturas para a instauração da comissão começou em abril, quando o caso das joias veio à tona. Nesta sexta-feira, deputados voltaram a se mobilizar para a coleta de assinaturas.
“A gente já sabia que tinha mais coisas a serem reveladas do que só o caso da Michelle, que foi o fato que originou nosso pedido. Acredito que agora, com o escândalo revelado nesta semana, vamos conseguir reunir todas as assinaturas”, afirmou o deputado petista Rogério Correia.
A iniciativa se intensificou após a Polícia Federal deflagrar buscas e apreensões em endereços do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Segundo a PF, essa organização era formada também pelo tenente Osmar Crivelatti, além do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid.
Ainda de acordo com a PF, o grupo utilizava aeronaves da FAB para levar presentes destinados a Bolsonaro para fora do país e os negociava em casas de leilão ou em loja de penhores. Pelo menos dois itens foram efetivamente vendidos: um relógio Patek Phillipe e um Rolex. O segundo, porém, segundo as investigações, foi recomprado pelo advogado Frederick Wassef.
O esquema de desvios de joias, de acordo com a corporação, teria conseguido obter pelo menos R$ 1 milhão com a venda dos itens.
Fonte: O Antagonista