Datafolha indica Marçal no páreo em SP

Pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira, 26, indica que o influenciador Pablo Marçal (PRTB, à esquerda na foto) oscilou positivamente dois pontos percentuais desde a semana passada, no limite da margem de erro, e está com 21% das intenções de voto. Isso lhe coloca em empate técnico com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que tem 25% após oscilar um ponto percentual para baixo.

Segundo os números do instituto, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) segue liderando a corrida, com os mesmos 27% da pesquisa divulgada há uma semana.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) oscilou um ponto para cima e aparece com 9%, enquanto o apresentador José Luiz Datena (PSDB) permanece com os 6% da última pesquisa e a economista Marina Helena (Novo) tem 2%, um ponto a menos do que na semana passada.

Marçal marcava 22% na primeira pesquisa Datafolha de setembro, mas apareceu com 19% nas duas pesquisas seguintes, após o início da campanha de rádio e televisão, na qual não tem sequer um segundo de exposição. Ele foi alvo de uma campanha de desconstrução, principalmente por Nunes, que detém o maior tempo da propaganda política obrigatória de São Paulo.

Soco e rejeição

Contratada pela TV Globo, a pesquisa divulgada nesta quinta foi feita com 1610 pessoas de 24 a 26 de setembro, dias seguintes à agressão cometida por Nahuel Medina, assessor de campanha de Marçal, a Duda Lima, marqueteiro de Nunes, ao fim do debate promovido pelo Flow, na segunda-feira, 23.

Os números de intenção de voto sugerem que Marçal não foi prejudicado pelo episódio — além disso, sua rejeição oscilou apenas um ponto percentual para cima desde a última semana, chegando a 48%. Esse é o maior índice de rejeição no eleitorado de São Paulo, seguido por Boulos, com 37%.

Quando questionados sobre quem vai ganhar a eleição, independente de sua preferência, 41% dos eleitores disseram que deve ser Nunes. Outros 22% apostam em Boulos e 20%, em Marçal.

“Melhor versão”

Marçal ensaiou uma mudança de atitude no debate do SBT, prometendo mostrar sua “melhor versão”, mas a promessa durou pouco e ele chegou a ser expulso no debate do Flow, quando deliberadamente violou as regras para evitar agressões verbais em sua última participação no evento, que coincidiu com o soco de seu assessor no marqueteiro de Nunes.

Na disputa pelo voto evangélico, Marçal, que promoveu uma reunião com pastores, retomou a dianteira de Nunes após oscilar quatro pontos percentuais, dentro da margem de erro de cinco pontos, e alcançar 30%. O prefeito oscilou três pontos para baixo e aparece com 29%, o que configura empate técnico.

O Datafolha aponta que há apenas 3% de eleitores indecisos, mas que 32% do eleitorado paulistano ainda pode mudar seus votos.