O presidente Lula incorporou a seu acervo presentes de luxo recebidos durante seu primeiro mandato. Entre os “mimos” estão um relógio da marca Cartier, um outro da marca Piaget e também um belíssimo colar de ouro branco.

Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o presidente petista devolvesse a maior parte dos presentes recebidos durante seu mandato. Essa decisão veio após a análise dos bens que Lula levou consigo ao deixar o cargo. O valor total dos itens restituídos foi estimado em R$ 2,258 milhões.

Além disso, durante as investigações da operação Lava Jato, foram devolvidos outros 21 bens considerados valiosos. Esses objetos também haviam sido presenteados a Lula durante seus dois primeiros mandatos.

No entanto, mesmo com essas devoluções, o Estadão descobriu que alguns objetos de luxo ainda fazem parte do acervo pessoal de Lula e não foram destinados à União. Esses itens são considerados valiosos e incluem peças de arte e outros objetos de grande valor.

Em nota para o Estadão, a Presidência da República afirmou que não há irregularidades e que o presidente não vendeu nenhum dos presentes que recebeu.

Segundo Lula, o relógio Piaget, avaliado em de R$ 80 mil e que não está na lista de presentes recebidos, ficou perdido por um tempo e que o encontrou em uma gaveta. O segundo é um Cartier de ouro branco 18 quilates e prata 750, modelo Santos Dumont, com uma coroa arrematada por uma pedra safira azul, ambos relógios foram presentes do governo francês em 2005.

Um terceiro relógio, que também ficou com o presidente petista, é suíço folheado em prata que possui um mostrador com uma imagem do coronel Muammar Kadafi, antigo ditador da Líbia. Segundo o Estadão, não há informações sobre a marca ou modelo desse relógio. Sabe-se apenas que foi presenteado a Lula em janeiro de 2003 pelo então ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdelrahman Shalqam.

Além dos relógios mencionados anteriormente, Lula possui um colar de ouro branco em seu acervo pessoal. Este colar foi entregue a ele em abril de 2004 pela Citic Group Corporation, uma empresa estatal de investimentos da China. A joia é adornada com detalhes em ouro amarelo e possui um pingente no formato de uma gravata.

Em 2016 o TCU estabeleceu que presentes considerados de caráter personalíssimo poderiam ficar com Lula e a regra serve também para os presidentes que vieram na sequencia. Ainda segundo o TCU, presentes de grande valor devem ser entregues ao Estado brasileiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro vem sendo cobrado de devolver itens como relógios de alto valor e joias que recebeu durante seu mandato.